segunda-feira, 2 de março de 2009

FATORES NA SATISFAÇÃO SEXUAL DE MULHERES OBESAS


É muito atual o tema Obesidade. A OMS considera a obesidade uma doença, que tem se alastrado em todas as partes do mundo. A seguir você verá uma sinopse histórica apresentando o tema Obesidade e Sexualidade feminina, desde o início do Século XX. Você concorda que a Obesidade é uma barreira a Sexualidade? São as mulheres "gordinhas" menos sexualizadas que as "em forma"? Leia e deixe seu depoimento sobre o assunto.


Em 1912, a indústria de seguros estabelecia diretrizes próprias, estabelecendo parâmetros de magreza, normalidade, sobrepeso e obesidade. Qualquer pessoa que se enquadrasse nas categorias; acima do peso ou obesa, tinha agora um rótulo de risco sanitário, sujeito a ataques de coração, diabetes, artrite, asma. Agora, esse risco poderia ser calculado e determinou o quê era "sobrepeso" e o que não era.

Junto com esta ocorrência, Sigmund Freud estava desenvolvendo algumas teorias e determinando motivações subconscientes que poderiam causar perturbações orgânicas.
De acordo com os investigadores e psiquiatras, Glucksman, Rand, e Stunkard (1978), os psicanalistas Freudianos "enfatizaram que os indivíduos obesos se depararam com sérias perturbações, durante a fase oral, de privações de âmbito emocional e psicosexual ou excessos nesta fase de desenvolvimento, que foram associadas com nutrição , levando o indivíduo a se tornar obeso, presumivelmente, porque a mãe da criança, também propensa à obesidade, alimenta seu filho de forma imprópria, tanto na questão nutricional e emocional. Muitas crianças obesas e adultos como resultado, não distinguem entre fome, saciedade, e outras sensações ou emoções." (pp. 103,104)

Rotulando também esse distúrbio como patológico, contribuíram para que a obesidade fosse vista como sinônimo de neurose. Isso deu permissão a muitos setores da sociedade, para denegrir, rejeitar e ridicularizar pessoas gordas, especialmente as mulheres. Em consequência, as mulheres gordas denigrem-se freqüentemente, rejeitam e envergonham-se de seus corpos, sentindo-se pouco a vontade em sua intimidade, pela falta de auto-estima.

Logo depois da morte de Freud, muitos analistas influentes continuaram desenvolvendo suas teorias, identificando gordura com sexualidade da fase oral, e afirmando que pessoas gordas não são capazes de se satisfazerem sexualmente, como pessoas “normais”. Especialistas em teorias, sugeriram que pessoas gordas não que não puderam vivenciar uma relação íntima sexualmente positiva, satisfazem-se em seguida, através da comida. O psicanalista Freudiano, Sandor Rado (1926), criou o termo, dentro desses parâmetros de observação, de "orgasmo alimentar" (pág. 577). Embora o próprio Rado , mais tarde, estivesse desiludido com a teoria psicanalítica tradicional (Rado e Daniels, 1956, pp. 17-18), e o conceito do orgasmo alimentar parecia ter desaparecido de escritas psicanalíticas, a idéia que as pessoas gordas não puderam experimentar satisfação sexual genital,não desapareceu (Stunkard, 1976).

No final de 1950, Harold Kaplan, psiquiatra, e Helen Cantor Kaplan, um psicólogo clínico, compilaram teorias analíticas, da primeira metade do século XX, o conceito psicossomático de obesidade.

Algumas das 90 teorias analíticas sobre comer demais são:

Comer demais pode ser:
1. um meio de diminuir ansiedade, insegurança, tensão, preocupação, indecisão,.
2. um meio de alcançar prazer, satisfação, sucesso….
3. um meio de aliviar frustração, privação e desânimo.
4. um meio de expressar hostilidade, seja ela consciente ou inconsciente, negação, ou repressão…
5. um meio de diminuir sentimentos de insegurança e inferioridade
6. um meio de recompensar a si mesmo para alguma tarefa realizada…
7. um meio de diminuir culpa , mesmo que seja a culpa por comer demais.
8. um tipo de desafio, rebelião contra uma autoridade controladora, uma tentativa de independência.
9. um meio de provar inferioridade e justificar a auto-depreciação.
10. um meio de evitar o amadurecimento emocional.
11. um meio de controlar ansiedade de frustração na fase oral.

Comer demais pode servir:
1. como substituto para amor e afeto
2. para mostrar amor e afeto na gravidez
3. para proteção contra os homens e matrimônio.
Comendo demais ou comida pode ser simbolicamente:
1. representante de conflito de mãe e filho.
2. um tipo de orgasmo alimentar.
3. expressão de apetência sexual insatisfeita.
4. expressão de impulsos sádicos destrutivos.
5. expressão de inveja de pênis e um desejo para privar o macho do pênis dele.
6. expressão de uma fantasia onde comendo demais obtem-se resultados de impregnação.
7. patologicamente uma forte libido oral que está sendo satisfeita de um modo descontrolado.
8. um meio de possuir uma "parte-objeto" como um pênis ou peito.
9. uma defesa contra o feminino inconsciente e ameaçador ou desejos masculinos.
10. uma indicação de uma relação de transtornos entre mãe-criança desde a infância. (pp. 195, 196)

Kaplan concluiu isso: "É difícil de descrever todos os fatores psicológicos específicos que foram propostos como sendo associados à obesidade , a única generalização psicopatológica que pode ser feita com confiança sobre pacientes obesos, é que eles são que indivíduos cujo padrão de vida é conflitual e as pessoas afetadas pela ansiedade também o são, tipicamente pela obesidade e têm algum grau de perturbação de personalidade e conflito emocional que pode ser de qualquer tipo ou severidade." (pp. 196 - 199)

"Obesidade resulta em sentimentos de inferioridade, insuficiência e vergonha. Esses sentimentos e a obesidade associadas, justificariam todos os fracassos em relações interpessoais que o paciente obeso tem. Eles podem ser usados, como uma racionalização, para evitar qualquer contato adicional com as pessoas e situações ameaçadoras." (pág. 196)

Depois que Kaplans publicou a compilação, vários estudos emergiram desse se se opuseram à idéia de que a obesidade era um sintoma patológico. Rand e Stunkard (1977) combinaram os resultados de quatro pesquisas diferentes, completadas por 104 analistas em 147 pacientes. Os resultados indicaram que ou havia um muito pequena diferença ou nenhuma em casos de psicopatologias entre obesos e pacientes não obesos.
Então, em 1976, Goldblatt e Stunkard usaram uma investigação volumosa feita alguns anos antes para coletar informações sobre as vidas de 1,660 pessoas de Midtown Manhattan. A investigação tinha coletado mas não tinha correlatado o peso e a condição psicológica dessas pessoas. Depois de re-analisar os dados, os investigadores acharam em algumas pessoas obesas, testes de índices ligeiramente mais altos, quanto à ansiedade na infância, fuga, neurastenia, depressão, ansiedade, rigidez, e imaturidade em comparação com o resto dos entrevistados Midtowners mas as diferenças não eram estatisticamente relevantes (pág. 145).

Com as revelações dessa pesquisa começou uma verdadeira revolução, fato esse, comprovado por Wadden e Stunkard (1996) declaração posterior, "Quando uma psicopatologia é observada em indivíduos obesos, é vista agora como uma conseqüência e não uma causa--uma conseqüência do preconceito e discriminação sofridas" (pág. 163).
São expressadas frustrações, agressões, e inabilidade para ajustar-se a realidade, sempre almejando a comida. Comendo, ela consegue aliviar qualquer tensão, despertada por qualquer motivo."

Depois, dos anos sessenta, comer demais foi classificado freqüentemente como um comportamento viciante. Para muitos, a solução sugerida por comer demais, era seguir as propostas de Alcoólatras Anônimos (uma organização cujo plano por deixar de beber compulsivo tinha segundo notícias êxito por pessoas que seguiram isto rigorosamente). A recomendação de AA era eliminar a substância viciante e dar apoio através das reuniões, depoimentos de outras pessoas, e a ajuda de um "poder mais alto."


O problema com comer demais, era trata-lo como um hábito impróprio e ao mesmo tempo necessário para a manutenção da saúde e até mesmo da própria vida. Os comedores compulsivos teriam que provar de sua substância viciante todos os dias, ao contrário da proposta anterior dos alcoólatras que eliminavam completamente a substância viciante.Comer foi considerado uma criação imprópria do ego, o que estava em jogo agora, não era o controle dos mecanismos que resultavam na não satisfação da fome pela ingestão de quantias razoáveis de comida, mas controlar todos os sentimentos e humores que causavam o desejo de comer (Overeaters Anonymous, 1939; Doze Passos e Doze Tradições, 1993).

10 comentários:

Clara Cruz disse...

Virgilio, oq vou perguntar nao tem nada a ver com esta postagem. Me responde uma coisa: o termo FORNICAR se refere somente a pratida de relação sexual antes do casamento ou tem algo a mais?
E se possivel gostaria que voce fizesse uma postagem sobre o assunto.
Obrigada,
sua irmã em Cristo.

Anônimo disse...

Virgilio, gostaria de saber se existe algum questionario validado que avalie o indice de satisfacao sexual?? grato.

Anônimo disse...

oi Virgílio...estou acima do peso e como toda regra tem excessão,nesse caso penso ser uma...E a comida ñ me satisfaz sexualmente e pelo contrário tenho uma viada sexual bem ativa,graças a Deus.A comida ela é muito aplicada no caso da ansiedade,vc não sente necessáriamente fome é como uma compulsão,e depois q vc come sente até um certo desconforto pq no fundo vc ñ quer comer mas a ansiedade se torna mais forte q vc!!!Gostaria de saber o q pensa sobre os remédios para ansiedade,eles ajudam mesmo ou tem muitos efeitos colaterais???
Obrigada,fique com Deus!!!!
Sua irmã em Cristo!!!

Anônimo disse...

Olá, Virgílio!

Sou jornalista do Guia-me (www.guiame.com.br), um portal evangélico interdenominacional que aborda temas do segmento cristão e de interesse geral, como: saúde, gastronomia, turismo, mulher, entre outros.
Conheci o blog pelo portal Advir e gostei muito de seus textos.
Gostaria de conversar com o senhor a respeito de artigos na área de sexualidade e de uma coluna no portal. Não encontrei aqui email para contato. Deixo o meu: redacao@guiame.com.br
Obrigada,
Adriana Amorim

Anônimo disse...

Olá
eu sou uma moça obesa tenho 20 anos peso 100 kg tenho 1.59 de altura...
eu tenho sofrido muito eu reconheço ser uma moça bonita de rosto muito todos dizem isso eu sei que tenho um rosto lindo que n passa desapercebido... minha sexualidade não sofreu efeitos da minha obesidade
mas tenho muito medo de chegar a um ponto em que eu não consiga mais voltar a atraz já usei remedios imagreci muito rapido
mas depois voltei a engordar o dobro
tenho sofrido de mais pois não aceito o meu corpo... sempre fui uma criança obesa adolecente obesa hj estou em tornando uma adulta obesa n sei mais como voltar...
todas as tentativas param no caminho e eu cresço cada vez mais
como impulsivamente e depois sofro com a culpa...
tenho medo pois sinto que estou iniciando um quadro de depressão
preciso de ajuda não sei mais oque fazer ... obg

DOCE DE COLHER disse...

Dr. Virgilio, entrei de paraquedas deste site, pois estava pesquisando sobre a obesidade por volta dos anos de 1950. A primeira coincidencia é que sou Adventista também, li seu post e andei lendo alguns outros temas seus e adorei. Quanto ao seu post, eu tenho 20 quilos a mais e isto não interfere em nada na minha satisfaçao sexual, perguntei ao meu marido e ele também diz que o desejo por mim e a satisfação continua (embora os quilos a mais). Também ele não era doido de dizer ao contrário (estou brincando), pois somos muito sinceros e abertos a este assunto, então ele não mentiria. Tenho um blog que começei só faz um mês que é para dar receitas, mas não gosto de dar receitar por dar, eu gosto de colocar o valor nutricional do que a pessoa esta comendo, faço pesquisa sobre nutriçao, conceitos de manuseio destes alimentos, quero falar sobre a nova piramidade alimentar. Não sou vegetariana mas mesmo comendo carne quero vou dar informaçoes referente a carne vermelha, etc. vou parar se não vira um post e não um comentário. Estou acima do peso por causa de medicação, pois tem dias que esqueço até de almoçar. Posso colocar o link do seu site no meu blog, pois achei super interessante. Obrigada Rose

Anônimo disse...

Virgilho gostaria muito de saber se você poderia estar visitando os jovens da minha igreja e estar falando sobre assuntos relacionados a sexualidade.Sou de Joinville SC
aqui fica o meu email nath2122_@hotmail.com
espero que façamos contato.
abraços fique com Deus.

Anônimo disse...

Eu era linda de corpo, nem imaginava que ficaria gorda. Mas depois das duas gravidezes, engordei 20 quilos.Tenho 1m.e 60 cem.E atualmente estou com 73 quilos. Meu marido diz que gosta muito de mim assim e que sente muita atração por mim, mas o fato é que a sociedade é cruel e não perdoa,pregam que as bonitas são as magras.Isso fica aqui na minha cabeça fico pensando que ele só fala isso pra me agradar, mas que no fundo ele quereria uma mulher magrinha na cama dele.Me atrapalha muito na hora de estar com meu marido.Tenho vergonha do meu corpo e não sou mais a mesma nas dinâmicas sexuais que eu tanto prezava.Meu marido investe tempo em nós dois, saímos muito, vamos a moteis, hoteis, etc. Mas tenho vergonha e o peso está comprometendo minha performance sexual.

Rogelia Mattos disse...

OLÁ,SEMPRE LEIO SEU BLOG E GOSTO MUITO DE SEUS TEXTOS.SOU OBESA MÓRBIDA E VIM ME MANIFESTAR SOBRE A MATÉRIA.HOUVE MOMENTOS EM QUE MEU PESO INTERFERIU NO MEU DESEJO SEXUAL SIM,O PRÓPRIO ATO SEXUAL ERA CANSATIVO E DESGASTANTE(AFINAL COM 195 KILOS QUALQUER ATIVIDADE FÍSICA E DESGASTANTE)EVITAVA NÃO POR FALTA DE DESEJO MAS PELA DISPOSIÇÃO FÍSICA MESMO.SOU CASADA A SEIS ANOS E QD ME CASEI JÁ PESAVA 135 KILOS.NO COMEÇO ISSO NÃO INTERFERIA EM NADA,SÓ DEPOIS DA MINHA GRAVIDEZ E DA CRISE DE DEPRESSÃO PÓS PARTO ONDE GANHEI QUASE 50 KILOS A MAIS E QUE PASSOU A PESAR.
A VONTADE E O DESEJO EXISTIAM MAS A DISPOSIÇÃO PARA A SEDUÇÃO E O ATO SEXUAL EM SI E QUE FICARAM COMPROMETIDAS.AGORA ESTOU EM TRATAMENTO PRÉ OPERATÓRIO PARA REALIZAR A REDUÇÃO DE ESTÔMAGO E COM 25 KILOS A MENOS TUDO ISSO MUDOU.SEMPRE TIVE MAIS DISPOSIÇÃO PRA RELAÇÃO DO QUE MEU MARIDO QUE É MAGRO.MAS DEUS SEMPRE PROVEU O EQUILÍBRIO,E O AMOR ENTRE NÓS E A CHAVE PARA TERMOS UMA CONVIVÊNCIA MARAVILHOSA.ORO PRA QUE DEUS NOS MANTENHA SEMPRE ASSIM E QUE APESAR DO TEMPO PASSAR NOSSA SINTONIA E AMOR NÃO SE PERCAM PELO CAMINHO.
QUE DEUS CONTINUE ABENÇOANDO SEU MINISTÉRIO E QUE O SENHOR CONTINUE ORIENTANDO E AJUDANDO MUITOS CASAIS A SOLIDIFICAREM UMA RELAÇÃO COMO DEUS SEMPRE DESEJOU QUE FAÇAMOS.

Anônimo disse...

Sempre fui magra,até ter problemas hormonais, retenção de líquidos.Depois disso, fiquei obesa e parece que cada dia fico pior.Minha altura é 160cm e peso 75k. Ou seja, estou obesa. Isso afeta a vida sexual pelo seguinte motivo: sinto-me feia, penso que meu marido vai ficar sem tesão ao me olhar nos momentos íntimos. Ele jura que não, que estou bem, que estou muito bem,mas a verdade é que na cabeça das mulheres esse papo é só da boca para fora.