Encontrar uma pechincha ou esbarrar com uma liquidação na hora das compras proporciona um alto grau de excitação emocional.
A felicidade nessas circunstâncias é tão intensa que se ativa a mesma região do cérebro estimulada pelo sexo, aponta uma pesquisa da Universidade de Westminster, no Reino Unido, publicada na revista especializada em consumo "The Grocer".
Os pesquisadores britânicos chegaram a conclusão da relação entre compras e satisfação após registrar e medir a atividade cerebral de 50 voluntários divididos em diferentes grupos e propôs diferentes atividades, desde fazer compras até assistir a um filme erótico.
Para a investigação, os pesquisadores tiveram a ajuda de uma equipe de acompanhamento para medir a dilatação da pupila e o movimento dos olhos, num sistema denominado iMotion que avalia as respostas emocionais do corpo humano em uma escala de 1 a 10, e com o qual o tipo de emoção que se sente ao observar imagens eróticas recebe uma pontuação de entre 5 e 7.
Os voluntários que ganharam um audiobook geraram uma pontuação de 5,8, enquanto aqueles que passaram por uma liquidação ou uma oferta, como um simples desconto no leite ou em outro produto do supermercado, também tiveram sensações gratificantes que pontuaram alto na escala do sistema iMotion.
Os especialistas de Westminster concluíram que aqueles participantes que encontraram um cupom ou receberam um brinde ou promocão sentiam tanto entusiasmo como ao ver um filme erótico, já que sua pontuação na escala emocional era idêntica.
O estudo, impulsionado pelo Instituto de Marketing Promocional da Universidade de Westminster, também concluiu que há uma elevada correlação entre a resposta emocional de uma pessoa às promoções comerciais e um aumento das vendas dos produtos.
"A maioria das decisões de compra é tomada nos primeiros dois segundos. Se podemos
captar a atenção das pessoas fazendo com que olhe um produto durante esse breve período, provavelmente vão conquistar o cliente durante mais tempo", afirmou Jon Ward, analista em marketing, ao comentar o estudo de Westminster.
Por Rocio Gaia