
“Bela, jovem e magra, custe o que custar”. Ser bonita, fazer um book e tentar ser famosa através dos atributos físicos... Este é o conceito ideal que algumas meninas, adolescentes, jovens e mulheres perseguem incessantemente. Modelos, artistas de cinema e de televisão são os protótipos copiados por elas, colocando em segundo plano outros atributos que não os do corpo perfeito.
De fato, romper esses estereótipos culturais tem sido muito difícil. As pessoas são catalogadas culturalmente e classificadas em categorias sociais; jovens e belas, modernas, avançadas, de atitude, arrojadas, descoladas, enfim, nesse mundo pretensamente liberal e democrático, nessa sociedade que se diz respeitar a individualidade e autenticidade, quem não se enquadrar obrigatoriamente no modelinho da modernidade desejada estará, automaticamente, excluído do mundo das pessoas “de bem”. E um desses modelinhos implica na observância obsessiva dos limites do peso, tiranamente estabelecido por sabe-se-la-quem.
Mas há uma luz (tênue) no fim do túnel e aqueles que conseguem seguir o próprio caminho, emancipados dos estereótipos ou modelinhos culturais, parecem viver muito melhor. Foi o que mostrou uma pesquisa feita em 1995 na Universidade de Edinburgh, na Inglaterra, transformada no livro e comentada na revista Época. O autor, o psicólogo David Weeks, pesquisou, por uma década, pessoas que viviam fora dos padrões - tanto de comportamento quanto estéticos. Foram 789 americanos, 130 britânicos, 25 alemães e 25 neozelandeses. Ao fim, concluiu que os excêntricos eram mais seguros, menos estressados, mais felizes e, por isso, tendiam a viver mais.
Em nossa cultura o conceito de beleza está associado à juventude, como se não existisse o belo fora da juventude. A conseqüência dessa cultura na saúde emocional se vê na ocorrência de alguns transtornos emocionais como, por exemplo, os Transtornos Alimentares (anorexia e a bulimia), Transtorno Dismórfico Corporal, Vigorexia. Isso sem contar a propensão que as pessoas vitimadas pelas restrições sociais impostas pela tirania do corpo têm para desenvolver depressão, algumas vezes levando ao suicídio. Além de tudo isso, a cultura do corpo perfeito acaba promovendo acidentes médicos graves decorrentes do uso abusivo de cirurgias e intervenções estéticas.
4 comentários:
Este artigo seria melhor ainda se o título fosse "Escravas da beleza",visto que a cobrança na sociedade atual é que a mulher precisa ser magra,nova e bonita para ser sexy e atraente. As propagandas de cerveja, de carro, enfim de quase tudo,é feita por mulheres magras,novas e bonitas. Os padrões de beleza são passados para a grande massa que aceita sem questionar. Então formula o preconceito de que a mulher que não se enquadra nestes padrões é infeliz,rejeitada e feia.Só as mulheres que têm uma auto-estima elevada,que não se deixa influenciar por tudo isso.Infelizmente a grande maioria sofre a ponto de recorrer às dietas forçadas,remédios, e cirurgias plásticas,muitas vezes sem necessidades.
Legal! gosteeeeeeeei
Gostaria de mais contato contigo.
Até para pedir possiveis orie tações.
Obrigada
Adriana
Legal! gosteeeeeeeei
Gostaria de mais contato contigo.
Até para pedir possiveis orie tações.
Obrigada
Adriana
incriveu...
Não só estamos vivendo em um sociedade que nos obriga a sermos eternamente jovens, magras e bonitas, como estamos esquecendo o que realmente temos de bom, ao nosso redor, sem enxergar as qualidades que cada um tem sem precisar ser jovem, magro ou extremamente bonito...
cada um tem em suas mãos o direito de fazer o que quiser de sua vida, basta redefinirmos nos conceitos do que é ser bonito, sem ser jovem e ser feliz sem ser magro!!
obrigada, e continue levando as pessoas a refletir sobre o que vale apena nessa vida!
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