Determinantes Físicos das Disfunções Sexuais
Basicamente, não pode existir relação sexual (coito) bem sucedida sem a presença de um pênis e uma vagina funcionantes e respondentes. A integridade destes órgãos a nível vascular, nervoso e endócrino torna-se fundamental para a satisfação sexual. Muitas disfunções advêm de problemas somáticos e, no caso de tratamento, sempre se analisa inicialmente a condição física do indivíduo. A presença de doenças vasculares associadas com diabetes pode resultar na diminuição da excitação sexual; doenças do coração e pulmões também podem dificultar a atividade sexual; incontinência urinária pode levar a desconforto e vergonha, diminuindo a atividade sexual e etc. Estes e outros fatores devem ser amplamente analisados pelo médico. Tratamentos adequados podem levar a uma melhora clínica, facilitando a atividade sexual (Kaplan, 1977).
Além dos casos de doenças, outros fatores podem interferir como uso de narcóticos, abuso de bebidas alcoólicas, patologias locais dos órgãos genitais, estados hormonais flutuantes, uso de medicamentos, fadiga, enfermidade neurológica, depressão e outras causas físicas (Kaplan, op.cit.). Estes fatores podem comprometer a relação atuando em qualquer fase da resposta sexual humana, impedindo o bom desempenho sexual e o prazer mútuo. Ainda devemos considerar como fator físico interveniente na função sexual feminina a idade, com todas as transformações físicas e psicológicas que ocorrem com o envelhecimento.
De acordo com Canella (2000) o climatério feminino corresponde a um período de dois a cinco anos, caracterizado pelos fenômenos que acompanham a parada da função ovariana e, portanto, a capacidade reprodutiva da mulher. Acompanhado da menopausa viriam significantes alterações morfo-fisiológicas do aparelho genital feminino. Estas alterações, por exemplo, seriam responsáveis pela menor vascularização e lubrificação da vagina nos estados excitatórios do coito, possibilitando desconforto no ato sexual.
O climatério feminino, além das mudanças físicas, inclui importantes mudanças emocionais, psicológicas e sociais, associadas ao final do período reprodutivo da mulher, porém abrangendo muito mais do que apenas o fim das menstruações. O surgimento de alguma disfunção sexual pode ocorrer nestes quadros.
Segundo Lopes e Marinho (2000) a menopausa vem sendo considerada um evento demarcador do climatério feminino, no entanto, apesar de se constituir como um evento universal inerente à espécie humana, não é adequada para explicar toda multiplicidade de fatores envolvidos nesse processo. O conjunto de fenômenos denominados como climatério, não é observado nem percebido de forma igualitária, o que permite inferir que outras variáveis pessoais, conjugais, sociais e culturais representem aspectos importantes a serem considerados, quando são desenvolvidos estudos sobre o assunto em questão.
Determinantes Psicológicos das Disfunções Sexuais
É importante que reconheçamos que fatores etiológicos subjacentes às dificuldades sexuais, geralmente apresentam-se sob forma de conflitos de ordem psicológica advindos de experiências traumáticas ou de estruturas de formação repressoras à sexualidade. Tais componentes interferem diretamente no momento da experiência sexual, ora funcionando como inibidor da experiência erótica, ora na dificuldade de eliminação temporária de certo grau de controle e contato com o ambiente, comum no ato sexual.
Causas intrapsíquicas das disfunções sexuais
Segundo Kaplan (1977), o conflito psicológico foi que, no passado, recebeu maior atenção e, de fato, é extremamente importante a sua dissolução para o tratamento das disfunções sexuais. O conflito interno entre o desejo de satisfazer-se com o sexo e o medo inconsciente de fazê-lo, tem muitas fontes e operam em níveis superficiais e/ou mais profundos.
Algumas causas psicológicas podem ser entendidas como imediatas, ocorrem no contexto da experiência sexual, ou como impedimento da experiência erótica ou como falha no desempenho sexual. Os indivíduos geralmente apresentam altos níveis de ansiedade e defesas psíquicas contra os sentimentos sexuais. Algumas respostas insatisfatórias são fruto de ignorância sexual, geralmente oriundas de uma educação repressora. Alguns medos (de rejeição, de desempenho, insatisfação do parceiro) podem surgir por ocasião do afloramento de todo processo de excitação sexual. Sentimentos: como culpa e ansiedade, podem refletir lutas e esquivas inconscientes. Algumas pessoas são tomadas de conflitos e sentimento de culpa sobre os desejos e necessidades eróticas que desencorajam os parceiros no processo de estimulação erótica. Por outro lado a tensão sexual pode ser a grande fonte geradora de ansiedade provocada pelo desejo erótico. Tais desejos podem chocar-se com pensamentos proibidos advindos da formação do indivíduo. A ortodoxia religiosa age muitas vezes na construção deste “programa” de censura e defesas cognitivas. No ato sexual as funções autônomas precisam permanecer livres do controle consciente para que se desenvolvam naturalmente (Kaplan, op.cit).
A ocorrência de falha na comunicação do casal em comunicar francamente os sentimentos e experiências sexuais, geralmente ligados ao nível de confiança desenvolvidos entre os dois, potencializa as dificuldades, sendo importante fator na etiologia das disfunções sexuais. Villa (2002) destaca que a religião acaba exercendo uma forte influência sobre o relacionamento conjugal, inclusive limitando o repertório de habilidades interpessoais, produzindo regras inibitórias no contexto da relação sexual, algumas destas ligadas a esquemas de punições e reforço. Kaplan (1977) comenta que infelizmente nossa sociedade compara sexo e pecado. Por esse motivo, toda a manifestação do desejo de prazer sexual de uma pessoa está sujeita a ser negada, ignorada e tratada como coisa vergonhosa e em geral incessantemente atormentada por conseqüências e associações aflitivas, sobre tudo no período da formação moral - a infância. Daí ao mesmo tempo em que o intenso prazer da sexualidade demonstra ser a força poderosa e onipresente na existência humana, é também facilmente associada ao medo e sentimento de culpa, imobilizadores da boa resposta sexual.
9 comentários:
Pelo que entendi, muitos problemas das mulheres na área sexual, pode estar ligado diretamente a forma como foram educadas e catequisadas. Como sair disso é que é complicado
APÒS LER SEU ARTIGO ,GOSTARIA DE SABER SE TERIA COMO TROCAR ALGUMAS IDEIAS DESDE JA AGRADEÇO ....
rogerinhamenezes@hotmail.com
Rogerinha
Este blog destina-se a comentários e discussões sobre os temas, qualquer ideia aqui é bem vinda. Infelizmente este é nosso limite.
Grato pelo comentário.
Eu acho que na verdade,o problema da mulher, sexualmente falando,está ligado ao modo como o homem está empenhado em fazê-la feliz na cama!!Nenhuma mulher resiste a carinho e muita paixão e romance.É justamente o está faltando aos homens de modo geral!Quer ter uma mulher nota 1000?é muito fácil, ame-a como se fosse a primeira vez,como sua namorada,pegue em sua mão, diga palavras bonitas...dê flores!os problemas dela desaparecerão pra sempre!!
Bem o que posso lhe dizer a vocês enquanto a esta matéria sobre o universo feminino, e que ,muito tempo se enchegava que a mulher não deveria demonstrar o prazer na hora do sexo, com o movimento femenista, isso mudou deste das questões trabalhistas como também pessoal, em se trantando do sexo, tanto homem e a mulher possui os mais variados estimulos sexuais , afinal ambos são diferentes e reagem os impulsões sexuais diferente do seu parceiro(a). o que deve ter em qualquer relacionamento em se trando do sexo é que seu parceiro(a), deva atender os impulsos sexuais do seu parceiro, como forma de demonstrar uma certa conectividade com seu parceiro(a), em resposta que você está atendo aos desejo do seu parceiro(a) querem ser saciados. é aquele quando um não quer os dois não brigam. isso ilustra que ambos possui desejos a serem saciados e que mostra que o parceiro deve conhecer estes estimúlos na hora da transa .
A maioria das mulheres gosta de sexo.Talvez mais do que os homens imaginam,mas elas têm vergonha de demostrar para seus maridos.Uma amiga minha disse um dia que ela tem loucura pra ir ao motel,por causa dos espelhos porque ela é fascinada pra vê-la com o marido transando,mas tem muita vergonha e medo de que seu marido a considere uma mulher desfrutável. toda mulher em potencial ama transar mas sentem vergonha de se soltar,por isso não sente prazer. e se não sente prazer,vira uma coisa horrorosa,em que o marido se satisfaz e a mulher torna-se apenas um depósito de espermas.
Não podemos esquecer os acontecimentos que envolveram a destruição de sodoma e gomorra que se obervarmos hoje não ta muito diferente daquele tempo. Então como devemos agir? Com certeza de maneira que não devemos ser destruidos na vinda de Cristo. Um abraço a todos.
Tele lembrança:
Gosto de ter novas amizades:
lembremensagens@hotmail.com.br
ANA CRISTINA LAERTE
o que você aconselha para uma mulher de 35 anos que nunca conseguiu atingir om orgasmo ?
Sofro com a ejaculação precoce a tempo e não conseguir resaultados. Tem algo a ver com meu psicológico? Quais os métodos mais saudáveis e eficazes? Agradeço dese já.
Postar um comentário