segunda-feira, 27 de julho de 2009

COMPULSÃO SEXUAL

A compulsão sexual é caracterizada por uma grande número de fantasias sexuais que ocupam a mente do indivíduo, deixando-o inquieto, e que o impede de fazer outras coisas de maneira dedicada, concentrada e coerente. Ele só “pensa naquilo” e têm fantasias sexuais durante todo o tempo e não consegue concentrar-se em outra coisa que não sejam estas fantasias. Normalmente, tais indivíduos não ficam só na fantasia, e a doença os leva aos comportamentos sexuais exagerados e, às vezes, perigosos. Considera-se que para determinar um diagnóstico de compulsão sexual, esse comportamento acima descrito deve durar pelo menos seis meses.

A diferença entre compulsão e obsessão está na necessidade repetitiva de realizar atos sexuais. A atividade sexual passa a dominar as atividades da vida diária da pessoa e acarreta prejuízos, ou seja, a pessoa perde o controle do impulso sexual, sente uma constante necessidade de buscar sexo (em muitos casos, não necessariamente com o coito) e vira dependente. A obsessão tem menor intensidade de ansiedade e traz menos conseqüências sociais. Em sexo, não há regras definidas de certo ou errado nem de muito ou pouco. Há pessoas que necessitam de sexo mais do que outras e não podem ser rotuladas de viciadas.

Não é pensar em sexo, mas sim, pensar de uma forma compulsiva, repetitiva, e que não consegue evitar. As mulheres são em menor número na compulsão sexual, mas não na compulsão por comida, álcool, drogas onde a porcentagem é maior.

O processo até a compulsão sexual geralmente não ocorre rápido. O impulso sexual quando demasiadamente reprimido, ressurge em subprodutos como a doença mental, compulsão sexual neurótica, e os desvios de conduta. O impulso sexual é o componente psicossomático do comportamento sexual, é o fluxo vital das energias sexuais. A sua manifestação pode sofrer influência externa, através da cultura, da educação, dos mitos do que é certo ou errado. O homem necessita equilibrar as forças do impulso sexual, conduzindo-o para formas de comportamento sexualmente aceita na sociedade.

Os prejuízos para o compulsivo sexual são muitos, tanto na esfera pessoal e social. Quando é descoberto o preconceito é grande, pois gera medo e ansiedade nas pessoas que convivem com o compulsivo. Desta forma ele é colocado de lado e repudiado pela sociedade. Na esfera pessoal o seu sofrimento por fazer o que não aceita leva desde a dificuldades de relacionamento até o suicídio.

Existem alguns tratamentos que dependem inicialmente da própria pessoa perceber a necessidade de ajuda e procurar o acompanhamento de um terapeuta que vai tratar a sua grande ansiedade. A terapia é fundamental e busca as raízes do problema. Também é importante ingressar em um grupo de auto-ajuda no moldes dos Alcoólicos Anônimos, onde a troca de experiências faz com que o paciente aprenda mais sobre a dependência e como lidar com ela. Medicamentos também podem ser usados de uma forma sintomática, diminuindo a ansiedade, dando tempo para se ter os resultados da terapia. Sempre a participação do companheiro(a) é essencial para qualquer terapia, pois é com ela que ele mais convive, mais confia e que nos momentos de maior ansiedade pode, por meios aprendidos pelo tempo de convívio, aliviar e relaxar o parceiro. Ela deve estimular o tratamento pela terapia e deixar claro que pode contar com a sua ajuda e que espera com os bons resultados do tratamento poder curtir muitos bons e intensos momentos sexuais com muito carinho e afetividade.

por CELSO MARZANO (extraido)